Entenda as principais características de animais castrados e saiba se as fêmeas ainda podem entrar no cio Os…
Entenda as principais características de animais castrados e saiba se as fêmeas ainda podem entrar no cio
Os animais castrados possuem particularidades e, neste artigo, vamos abordar algumas delas, especificamente as características relacionadas ao cio de gatas e cadelas castradas.
Sempre que o assunto é castração de fêmeas, uma pergunta aparece com certa frequência entre os tutores: “Minha cadela/gata vai entrar no cio após ser castrada?”.
Nesse sentido, é importante conhecer como é feita a castração e o que ocorre no organismo do pet após esse procedimento, para entender o que é esperado para fêmeas castradas.
A técnica cirúrgica mais comum de castração nas cadelas e gatas é a ovariohisterectomia. Esse procedimento consiste na remoção dos ovários, útero e cornos uterinos.
Apesar de parecer algo extremamente perigoso, quando feito por um cirurgião experiente, respeitando as diversas etapas de boas práticas, a cirurgia de castração se torna altamente segura. Porém, quando realizada por uma equipe despreparada, o oposto também é verdadeiro, ou seja, diversas falhas podem acontecer.
Depois da remoção das estruturas citadas, ocorre gradativamente no organismo a redução dos hormônios sexuais. Por possuírem dentre suas funções, uma importante influência no comportamento do pet, nota-se, neste sentido, mudanças de curto, médio e longo prazo nos pacientes que realizam essa cirurgia.
Dentre as mudanças percebidas após a castração, citamos como as mais importantes:
Vale dizer que é extremamente importante que o procedimento seja realizado por um profissional qualificado, a fim de que os animais castrados possam usufruir dos benefícios e não tenham complicações relacionadas ao procedimento.
Finamente chegamos ao tão esperado momento, e vamos logo ao ponto. NÃO, animais castrados não deveriam entrar no cio e você entenderá o porquê.
As fêmeas possuem um ciclo estral, que corresponde ao período em que o corpo sofre uma transformação hormonal e se prepara para a reprodução. Parte desse ciclo corresponde ao cio, que é o momento em que a fêmea é receptiva ao macho para que ocorra a fecundação. Com a ovariohisterectomia, é esperado que não haja mais esse ciclo, pois como vimos acima, são retirados os ovários, que são os responsáveis pela produção dos diversos hormônios que induzem o ciclo estral. Devido à baixa quantidade desses hormônios não ocorrem mais os sinais do cio, a saber:
Afinal, uma fêmea castrada pode apresentar cio? Se isso acontecer, o que poderia explicar o cio em animais castrados?
Uma das principais causas é a Síndrome do Ovário Remanescente.
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Essa é uma condição relacionada à técnica cirúrgica incompleta em que depois da cirurgia de castração permanecem estruturas de ovários uni ou bilateralmente. É possível também que, durante a cirurgia, haja uma queda de tecido ovariano no abdômen ou presença desse tecido em locais incomuns.
Independente da situação, esses pequenos pedaços fazem com que haja uma produção de hormônios, podendo gerar sinais relacionados ao estro, como os descritos anteriormente.
É importante entender que essa síndrome não se restringe apenas aos sinais do estro, mas que ela também pode trazer complicações para a saúde do seu pet. Isso porque ela está relacionada ao aumento do risco do desenvolvimento de tumores e neoplasias, se comparada às cadelas cuja castração tenha sido bem sucedida, além de outros riscos à saúde.
Por esse e outros motivos relacionados a segurança do seu pet, é ideal e fundamental procurar um médico veterinário adequado para realização da cirurgia.
Vale destacar também que o procedimento deve ser feito em local especializado, que garanta a higiene e a competência técnica necessária, a fim de minimizar complicações relacionadas ao procedimento.
Se você tem mais dúvidas sobre animais castrados ou deseja conhecer mais sobre o procedimento e encontrar profissionais qualificados, entre em contato com o Butantan Vet e agende uma consulta.